Saturday 22 August 2009

Praia da Ursa


A praia da ursa localiza-se perto do Cabo da Roca em Sintra. Dada a proximidade é também a praia mais ocidental da Europa.

Foi considerada pelo Guia Michelin uma das praias mais bonitas do mundo.

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Wednesday 19 August 2009

Inimigos Públicos

Não me encheu as medidas. A reconstituição de época não está má, a história é superficial. Depp já esteve melhor, a técnica da câmara na mão não me conveceu. A meio já só esperava pela estocada final.

Título original: Public Enemies
De: Michael Mann
Com: Johnny Depp, Billy Crudup, Marion Cotillard, Christian Bale
Género: Acção, Drama
Classificação: M16

EUA, 2009, Cor, 141 min. (IMDB)

Durante os anos da Grande Depressão, existia em toda a população americana, uma revolta generalizada contra os bancos por serem a causa da crise resultante da quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. Apareceu então um grupo de gangsters, liderado por John Dillinger (Johnny Depp). Dillinger rapidamente conquistou a simpatia do público, tanto pelos seus assaltos a bancos como pelas épicas evasões da prisão, sendo considerado uma espécie de Robin dos Bosques da era moderna.
Depois de várias tentativas do Governo americano para o deter, J. Edgar Hoover (Billy Crudup), chefe do departamento do FBI que mais tarde se viria a tornar uma das maiores organizações de investigação do mundo, atribui a Dillinger a designação de Inimigo Público Número Um, atribuindo a Melvin Purvis (Christian Bale) a árdua tarefa de o deter. A perseguição, com vários sucessos e fracassos, terminaria com a morte de Dillinger, em 1934.
Michael Mann ("Heat - Cidade Sob Pressão", "Miami Vice", "Colateral") foi buscar inspiração ao livro do historiador e jornalista Bryan Burrough: "America's Greatest Crime Wave and the Birth of the FBI".
Fica a curiosidade: Johnny Depp e restante elenco usam chapéus feitos com feltro da fábrica Fepsa, de São João da Madeira.in Publico

Crítica:
"Inimigos Públicos" filma John Dillinger como último representante de um tempo, prestes a acabar perante os indícios de uma nova era.

Michael Mann é um dos casos interessantes da cinefilia contemporânea. Por várias razões, esta por exemplo: está por provar cabalmente que o Mann de "Miami Vice" (um dos melhores filmes americanos desta década), o destes "Inimigos Públicos", e vá lá, o de "Colateral", seja o mesmo Mann do "Último dos Moicanos", de "Heat" ou de "Ali".

Fugiria demasiado ao assunto deste texto ilustrar melhor esta dúvida, mas resumiríamos assim: se Mann, ao longo da sua obra, pareceu sempre alguém interessado em elaborar a partir das formas e figuras tradicionais da narração cinematográfica clássica, um "cineasta da mise-en-scène" quase (quase) no sentido "Mac-mahoniano" do termo, nunca o fez de maneira tão entusiasmante nem tão bem sucedida como a partir do momento em que passou a utilizar as pequenas câmaras digitais que foram o instrumento de trabalho dos seus últimos três filmes. Este facto, por si mesmo, constitui uma "questão interessante" para a cinefilia contemporânea; mas há ainda outro aspecto que vale a pena notar: interessado nos modos da narração mais do que na coisa narrada, Mann é muito capaz de ser o último formalista (no sentido estrito e historicamente legitimado do termo, como é óbvio) do cinema americano. Não espanta que a sua obra-prima seja "Miami Vice", filme sem "tema", filme quase sem "história" - do que nos lembramos é da luz, dos tempos e dos movimentos, da relação entre os corpos dos actores e o cenário.

A luz, os tempos e os movimentos, a relação entre os corpos dos actores e o cenário: felizmente, apesar de ter mais "tema" e mais "história" (a saga de John Dillinger e a caça que o então incipiente FBI lhe moveu), "Inimigos Públicos" também nos deixa ver e pensar nessas coisas. Menos pictórico e ambiental do que "Miami Vice", mais consistentemente centrado numa narrativa, é verdade que sentimos a falta daqueles momentos do filme de Miami em que tudo se parecia suspender, tornar abstracto, não dependente de factos narrativos - mesmo que nalgum grau isso não deixe de acontecer em "Inimigos Públicos", por exemplo em muitas das cenas entre Dillinger (Depp) e a namorada (Marion Cotillard), embebidas por um desejo difuso (diríamos um "longing", passe o inglês) de existirem para lá da narrativa como facto. Por outro lado, é claro que o essencial da história está na impossibilidade de Dillinger fugir à sua narrativa, que obviamente é o que permite a Mann filmá-los (à personagem e à narrativa) com um sentido trágico quase elegíaco, bem distinto do tratamento de John Milius no seu "Dillinger" dos anos 70.

Ao mesmo tempo, "Inimigos Públicos" não deixa de ser um regresso à acção, com menos matizes e cambiantes do que "Miami Vice". É em muitas destas cenas que se torna extraordinário o trabalho de câmara, sempre em flutuação, como que acompanhando as cenas, testemunhando-as, impondo-lhes uma respiração e uma espécie de um desfasamento (razão pela qual frequentemente parece haver um ralenti que de facto não existe) particularmente fascinantes. Como se a câmara, mobilíssima, encontrasse a sua própria coreografia, desenhasse os seus arcos entre os actores e o espaço, dentro da coreografia geral da cena. Liquidez e solidez: a câmara mergulha dentro desta imagem digital muito aquosa, mas fá-lo para dar conta da solidez da "mise-en-scène", para testemunhar a sua dureza e o seu rigor, para criar um ponto de vista sobre a sobre a "mise-en-scène" que nunca se confunde com ela, mas também nunca se torna numa distância "inorgânica". É raro, e é talvez o ponto onde Mann é mais "vanguardista".

Este tratamento moderno de uma personagem e de uma época (os anos 30) clássicas tem, curiosamente, alguns ecos dentro da própria narrativa. Dillinger é o tipo de ladrão romântico e "popular" (durante a Depressão assaltar bancos colhia alguma empatia junto do povo, "honni soit qui mal y pense"), arcaico e "analógico", totalmente impossível nos dias de hoje - onde as escolhas se limitam à criminalidade "abstracta" dos "hackers" ou dos Madoffs. "Inimigos Públicos" filma Dillinger como último representante de um tempo, prestes a acabar perante os indícios de uma nova era. É toda a intriga paralela com Edgar Hoover (Billy Crudup) e a constituição do FBI como instituição "moderna" - o princípio da aposta tecnológica, a criação de um sistema "big brother" capaz de esquadrinhar o espaço e tornar a vida quase impossível aos criminosos "físicos". Este progressivo acossamento é a história de Dillinger tal como o filme a conta, tornada símbolo da diferença entre dois mundos ou entre dois tempos. Não por acaso - ou por acaso histórico prenhe de conotações - tudo acaba numa sala de cinema. Os campos/contracampos entre Dillinger e Clark Gable (o filme que ele foi ver era "Manhattan Melodrama") têm esta ironia: estabelecem uma fronteira intransponível ("folk hero", Dillinger comportava-se como personagem de cinema mas nunca poderia ser tão intocável e inacessível como uma personagem de cinema) no mesmo passo em que lhe definem a aura e a lenda. A seguir pode vir o epílogo - Dillinger deixou-as, à aura e à lenda, no ecrã do cinema. Este filme, entre outros, é a prova disso.

Luis Miguel Oliveira

Tuesday 11 August 2009

Harry Potter e o Príncipe Misterioso

Desilusão. Grande, arrastado, monótono em partes patético. Afinal o Principe Misterioso contribui em quê?? Gostei do ambiente sombrio ... e pouco mais.

Título original: Harry Potter and the Half-Blood Prince
De: David Yates
Com: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint
Género: Aventura, Thriller
Classificação: M/12

EUA/GB, 2009, Cor, 148 min. (IMDB)

Voldemort está de volta e com ele os Devoradores da Morte. O terror espalha-se pelo mundo mágico e também pelo dos muggles (seres não mágicos), que assistem a tragédias, assassinatos e desaparecimentos misteriosos.
Mas, antes de levar a cabo o golpe final, Voldemort tem uma importante missão para o rival de Potter, Draco Malfoy - a tentar ajudá-lo estará Severus Snape, agora professor de Defesa Contras as Artes Negras, que se revela afinal um espião do Senhor do Mal em Hogwarts.
Harry sabe que algo de mal se passa com Malfoy e tenta avisar Dumbledore. Mas este está mais preocupado em preparar o jovem para a derradeira batalha e, para isso, decide iniciar uma série de aulas individuais. Juntos, irão mergulhar no passado de Voldemort através das memórias do professor e de outras.
Com uma série de trabalhos, matérias para estudar e ainda as aulas com Dumbledore, Harry vai encontrar uma ajuda preciosa num antigo livro de Poções, que terá sido pertença de um aluno que se auto-intitulava de "Príncipe".
Mas nada se revelará fácil este ano: Harry é ainda capitão da equipa de Quidditch e dá por si embeiçado pela irmã de Ron, o seu melhor amigo...in PUBLICO

Crítica:
Pela nossa parte, não negamos a proficiência da tentativa, mas reclamamos o direito ao bocejo militante.

A saga de Harry Potter já vai longa e a energia inicial, incluindo a viragem para uma vertente mais negra e menos juvenil, parece ter-se esgotado: o actor Daniel Radcliffe (muito limitado no seu registo) perdeu o cariz ingénuo e esta sequela explora amores inconsequentes e o desenvolvimento hormonal de "teenagers" como os outros independentemente das suas características especiais de feiticeiros encartados.




Dito isto, resulta de toda justiça sublinhar o profissionalismo de uma realização segura e inteligente de David Yates, revelando uma compreensão da necessária visualidade expressionista, sobretudo na configuração dos "Death Eaters" e no seu ataque à casa da família Wheatley. As referências ao imaginário pictórico alemão, remetendo para Dürer, Grünewald, Böcklin ou Caspar David Friedrich, encaixam numa lógica de conferir à ficção uma sólida componente culturalista, que, se dispersa o olhar desprevenido do espectador comum, aspira a conquistar uma audiência mais adulta para as aventuras engendradas por J.K. Rowling. Resta saber se vale a pena tanto esforço.

Claro que as contrapartidas oferecidas, no âmbito de alargar horizontes icónicos, enfraquecem o consumo imediato do produto: a extrema extensão do filme (cerca de duas horas e meia), o cuidado posto na definição de personagens, o facto de se limitar a acção propriamente dita (um fã acrisolado da série poderá afirmar com propriedade que, basicamente, não se passa nada), tudo contribui para um certo cansaço, um excesso de pormenor a causar dificuldades acrescidas no que respeita, por exemplo, à condição de Alan Rickman, como super-vilão. Isto sem menosprezar os inevitáveis efeitos especiais de grande amplitude, nem a coerência mínima de objectivos. Para que serve, contudo, a sequência do jogo de "quiditsch"? E o ataque à ponte do Milénio? Mera decoração?

O argumento tenta condensar o livro, estruturando os múltiplos eventos segundo uma ordem plausível: Hogwarts deixou de funcionar como fortaleza indestrutível, um porto seguro de protecção para os aspirantes a feiticeiros; o inefável Dumbledore (Michael Gambon, a cumprir a sua rábula com a costumeira bonomia) morre, vítima das forças do Mal; Potter revela a sua paixão por Ginny e assume a sua qualidade de "ungido"; Draco Malfoy perde protagonismo e a Bellatrix de Helen Bonham-Carter (excelente, ainda que estereotipada) transporta consigo um desejável humor negro.

A questão essencial passa, no entanto, pelo lado descosido da narrativa, feita de estilhaços e de pirotecnias ocasionais. Em que medida contribui este sexto "episódio" para um real avanço da série? De que adianta, em termos globais, tão extenso "exercício de estilo"? Não se tratará, tão-só, de uma "brincadeira" intervalar, destinada a preparar o epílogo que, como já sabemos, desdobrará o livro final em dois filmes?

Entendamo-nos: as aventuras de Harry Potter possuem um público-alvo determinado que está aberto a todo e qualquer desvio, sem contestar a sua função. Mas e nós, os não iniciados, onde ficamos? Num limbo de indiferença perante algo que nos passa ao lado? Pela nossa parte, não negamos a proficiência da tentativa, mas reclamamos o direito ao bocejo militante. Recomendamos aos fãs (o que é de todo dispensável), mas permanecemos na expectativa de mais excitantes propostas, de mais cinema e menos "potterices".

Mário Jorge Torres

Saturday 8 August 2009

Castelo de Almourol


O Castelo de Almourol, no Ribatejo, localiza-se na Freguesia de Praia do Ribatejo, Concelho de Vila Nova da Barquinha, Distrito de Santarém, em Portugal.

Erguido num afloramento de granito a 18 m acima do nível das águas, numa pequena ilha de 310 m de comprimento por 75 m de largura, no médio curso do rio Tejo, um pouco abaixo da sua confluência com o rio Zêzere, à época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, actual Região de Turismo dos Templários. Constitui um dos exemplos mais representativos da arquitectura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários, associação que lhe reforça a aura de mistério e romantismo. Com a extinção da Ordem do Templo o castelo de Almourol passa a integrar o património da Ordem de Cristo (que foi a sucessora em Portugal da Ordem dos Templários).

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Sunday 2 August 2009

Almeida Garret 2006

Vinho algo mediano mas agradável. Melhor no nariz que na boca.


Tipo: Tinto
Origem: SABE - Sociedade Agrícola das Beiras, S.A., Beira Interior, Portugal
Características: 2006, 12.8º, Touriga Nacional, Trincadeira e Tinta Roriz



Crítica:
Cor rubi e auréola ligeiramente violeta, os aromas são frutados embora sem grande exuberância, acompanhados pelas especiarias, na boca revela um volume mediano, a fruta melhora mas não deixa de ser um vinho fácil de beber, sem grande complexidade mas com uma frescura agradável, o final é curto.

14 por OsVinhos



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